O Assaré sempre teve a sua vocação musical. Na década de 1920
foi criada a primeira banda de música com o apoio do Padre Emílio Cabral. Este
grupo musical permaneceu em atividade até os anos de 1970, extinguindo-se porque
os componentes envelheceram e não houvera formação para novos músicos. Assim sendo, a cidade perdeu a sua beleza
cívica produzida pela sonoridade dos metais e da percussão que silenciara. Os memorialistas culpam as gestões passadas
que nada fizeram para manter a banda ativa, até porque vocação artística existia
em abundância.
Certa vez disse o maestro Isaac Karabtchevsky: “Uma cidade
sem banda musical é como um corpo sem alma ou um rio fora do leito”.
A falta de uma banda marcial na cidade de Assaré trouxe
problemas incontornáveis, principalmente nos festejos da Padroeira. Eram contratadas
bandas de fora. E muitas vezes nem bandas existiam para contratar. Neste período, outros municípios festejam igualmente os santos e as bandas não atendiam a demanda.
Então, no ano de 2001, alguns jovens que já executavam alguns
instrumentos, foram ao Padre Joaquim Ivo, pároco de então, levando o projeto da
banda. O vigário acolheu o projeto com muito entusiasmo e foi buscar apoio nos
poderes púbicos e da iniciativa privada.
Nasceu assim a Banda Manoel de Benta.
A Banda conta hoje com 21 músicos e está sob a batuta do
maestro Marcelo Mychel, que tem formação superior em música pela Universidade
Federal do Cariri. A coordenação do grupo tem à frente Lucas Teles. A
instituição está ligada à Secretaria de Cultura e os seus componentes recebem um
incentivo financeiro mensal.
A Banda Manoel de Benta chega aos seus 16 anos como uma das melhores
formações musicais do Ceará, tendo o seu repertório recheado de composições de
autores da nossa terra ou de obras que se reportam diretamente ao Assaré.
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