MESTRE: MANOEL BELIZÁRIO DA SILVA
Nome Artístico: Ceci do Assaré
Ofício: Mestre Violeiro.
Manoel Belizário da Silva nasceu no
dia 22 de janeiro de 1952, no sítio Redonda, próximo ao Distrito do Amaro, em
Assaré (CE). Sendo filho de Antônio Manoel da Silva e Antônia Jovina da
Conceição. Cresceu em solo assareense, mais precisamente na zona rural do
Município, em comunhão com seus pais e seus três irmãos: José Belizário da
Silva, Teresinha Belizário da Silva e Maria Belizário da Silva.
Tempos difíceis os de outrora, mas
mesmo enfrentando alguns percalços diários que a vida ofertava, CECI, encaminha
seus passos rumo à escolaridade por três anos, no sítio Papa Mel, vizinho à sua
comunidade, numa escola isolada, orientado pela professora Noélia, filha de
Mundico Liberalino. Nesse ínterim, ia e vinha a pé, percorrendo 06 quilômetros.
Ainda na juventude, CECI cruza
olhares com a jovem VALQUÍRIA e, desses inúmeros encontros, os jovens tomam uma
decisão única: oficializar o matrimônio. Feito assim, Manoel Belizário da Silva
teve seu casamento oficializado em 1971 com Maria Valquíria da Silva.
A vida conjugal prossegue em campos
bucólicos, em boa harmonia e o casal aumenta a família com os seguintes filhos:
Elisângela Belizário da Silva, Flávio Belizário da Silva, Antônio Claudio da
Silva, Silvana Belizário da Silva, Agnaldo Belizário da Silva e Claudineia da
Silva.
Em consonância com o relacionamento
conjugal, CECI, põe em prática seu lado artístico, que despertara quando tinha
06 anos de idade. Na sua juventude, observava, no quintal do vizinho, uma
cantoria realizada por PATATIVA. Daí, surge a ansiedade de usar um violão. O
pai compra o instrumento, sendo que o mesmo tinha uma só corda, porém, mesmo
assim serviu de inspiração para o futuro violeiro. Para incentivar ainda mais o
filho CECI, seu pai comprava cordéis na feira livre de Assaré, para que ele lesse
em casa. Entre eles, A PROFISSÃO DOS BICHOS.
A vida de violeiro flui e CECI tem
como parceiros os violeiros Miceno Pereira e Luís Gago, com quem fez a primeira
cantoria, na residência do senhor Antônio Pereira. Foi a primeira vez que
cantou de improviso com Miceno no sítio Imbuzeiro. Dedilhou e ainda faz as
cordas falarem com alguns violeiros do nosso Município, entre eles: Cícero
Batista, Sérgio Batista, Expedito Pinheiro, Chico Félix e Mané do Cego.
CECI é um poeta espontâneo!
Participa de programas culturais de rádio, de festas beneficentes, do Projeto
Cordel na Feira, sempre que é convidado. Lançou em março de 2019 o cordel OS
PASSARINHOS, um exímio catálogo dos falares dos “bichos” que formam a nossa
fauna nordestina.
Pela exposição desses fatos e pela
dedicação à Cultura Popular do Assaré, a Administração Municipal e a Secretaria
de Cultura, Turismo, Desporto e Lazer concedem o título de MESTRE dos Fazeres e
Saberes Populares, na modalidade de VIOLEIRO, ao senhor Manoel Belizário da
Silva (CECI DO ASSARÉ), por entender que ele é um guardião da Cultura Popular
do Assaré – CE, no XVI PATATIVA do
Assaré em Arte e Cultura, no ano de 2020.
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MESTRE: FRANCISCO DOMINGOS DE LIMA
Nome Artístico: Giovane do Cavaquinho
Ofício: Cavaquinho e outros instrumentos de cordas.
O mestre Giovane do Cavaquinho
nasceu na cidade de Assaré, no dia 9 de julho de 1975. Filho de Jesus Domingos
de Lima e Lindalva Amorim de Lima, ambos de famílias ligadas à música. A arte
de Santa Cecília se manifestou no nosso mestre Giovane quando ele aprendeu a
tocar triângulo, aos 08 anos de idade.
Aos 13, com um violão emprestado, aprendeu as posições, tendo como
mestre o seu próprio pai, que fora violonista na juventude. O dono do violão
precisou do instrumento, trazendo contrariedade ao jovem artista. No ano
seguinte, 1990, seu pai o presenteou com um cavaquinho. O instrumento não
condizia com a sua vocação, mas passou a dedilhar e, em pouco tempo, o
cavaquinho era dominado por suas mãos. Mesmo adaptado ao cavaco, não esqueceu o
violão. Pelo método Paraguassu, aperfeiçoou os conhecimentos sobre o
instrumento, inclusive as notas em sustenido.
A partir de 1996, passou a tocar
cavaquinho profissionalmente, fazendo apresentações solo, bandas de forró ou em
regionais de samba. A sua primeira experiência em regional se deu quando
participou do Grupo de Forró Cara de Pau. Vieram depois, os grupos pé-de-serra
de Chico Paes, Cascavel do Forró, Zé de Enoque, Grupo Sambarilove e outros
sanfoneiros. Com o Regional Aqui Tem coisa, acompanhou a Quadrilha Junina
Arraiá do Patativa, pelo Ceará.
No final da década de 1990, o
Mestre Giovane se dedica a outro instrumento: desta vez de percussão. Em pouco
tempo, aprendeu detalhadamente os segredos da zabumba, através de ensaios para
testar os ritmos que comportam aquele instrumento percussivo. Como zabumbeiro
recebeu elogios de Dominguinhos, Flavio Leandro, Joãozinho do Exu, Dorgival
Dantas, Ribinha do Assaré, Djinha de Monteiro, Ítalo e Reno e do maestro
Aderson Viana.
Contudo, sem esquecer-se das cordas
um instante. Com o violão, se aproximou da música popular da Igreja Católica.
Acompanha as cantoras nas missas, novenas e renovações. Constantemente, recebe
convites para tocar em leilões, batizados, aniversários e casamentos.
Atualmente, estuda teclado sozinho.
Como cavaquinista, apresentou-se
junto ao mestre Chico Paes, na Casa Grande em Nova Olinda; Banco do Nordeste,
em Juazeiro do Norte; REFESA, em Crato; em vários projetos, como na inauguração
da estátua de Patativa, no Centro Cultural Dragão do Mar, em Fortaleza. Em
destaque, uma apresentação no Parque do Ibirapuera em São Paulo, também com
Chico Paes.
Nos instrumentos a que se dedica,
Mestre Giovane é um autodidata. Conhece a escala musical e, de ouvido,
identifica qualquer nota. Até mesmo da zabumba, instrumento afinado na nota fá.
Como pesquisador da música
nordestina, Mestre Giovane se preocupa com a descaracterização do baião e das
marchas juninas, descobertos por Luiz Gonzaga, do rojão e o coco, por Jacson do
Pandeiro e outros ritmos regionais. Segundo o mestre, estão batizando por forró
uma música que nada tem a ver, inclusive de péssima qualidade, que o único
objetivo é promover a violência contra a mulher e fazer apologia aos vícios.
Segundo ainda ele, as artes são manifestações que vêm do estado de graça dos
artistas. Elas dão beleza à vida, por suas imagens e sonoridades.
Outra preocupação de Giovane está
relacionada ao inadequado instrumental que se aplica ao forró de hoje. Um
conjunto forrozeiro se faz com a sanfona, o triângulo e a zabumba, podendo-se
acrescentar somente o violão de sete cordas e o cavaquinho. Não existe forró
sem esses instrumentos. Diz o mestre Giovane: “fico muito decepcionado quando
se aplicam guitarras, teclados, baterias ao forró”. São instrumentos que
descaracterizam totalmente a essência desse ritmo, um dos mais ricos do mundo.
E só fazem essa ‘‘desgraceira’’, como dizia Luiz Gonzaga, com o forró. O samba
permanece usando o seu básico instrumental. Em todas as variações do samba,
estão presentes o bumbo e o tarol.
A defesa da originalidade dos
ritmos da música popular brasileira conduziu Francisco Domingos de Lima, o
Giovane do Cavaquinho, ao reconhecimento de Mestre da Cultura Popular
Assareense pela Secretaria de Cultura, Turismo, Desporto e Lazer e a Gestão
Municipal de Assaré.
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MESTRE: José Nascimento de Sousa
Nome Artístico: Zé Lino
Ofício: Pifeiro da Banda Cabaçal
Nasceu em 08 de dezembro de 1942,
na cidade de Catarina (CE), filho de Esmerino Cipriano Souza e Maria Josefina
do Nascimento. Seu pai era natural de Ouricuri, em Pernambuco e sua mãe era
natural de Bodocó, Pernambuco, e a família foi morar em Catarina para trabalhar
na agricultura. Analisando a década de 30 e 40, como era a dificuldade de um
agricultor pobre, trabalhando alugado, sem direito a quase nada. Um período de
seca assolando, fazendo as famílias passarem pela humilhação de até pedirem o
alimento de cada dia. A família do Sr. José era composta de doze pessoas seus
pais, mais quatro irmãs: Caboca, Agustina, Antônia e Rita, e seis irmãos:
Pedro, Francisco (toca pífano), José Lino (toca pífano), Sebastião, Antônio e
Vitamar. Com a falta de escolas públicas, na época, e sem condições de
ingressarem em uma escola particular, Sr. José e seus irmãos não conseguiram
ser alfabetizados, dedicando-se totalmente ao trabalho da roça para ajudar seu
Esmerino Cipriano no sustento da família, com a alimentação básica.
Devido as constantes estiagens e
falta de apoio, seu Esmerino convida toda a família a se mudar para o Estado do
Piauí, precisamente para a cidade de Monsenhor Hipólito, que fica próxima a
Picos. Esta cidade foi rota da Coluna Prestes, em 1926, porém nessa época,
ainda era fazenda. Ainda jovem, resolve retornar à sua cidade querida,
Catarina, e chegando lá, em 1965, conhece uma moça à qual namorou e casou, a
jovem Maria Cesário, com quem iniciou sua família. Esposa dedicada, que
despertou a admiração dos vizinhos. O José Lino, desde criança, teve o dom
artístico, herança de sangue de seu pai que quando jovem foi tocador de pífano.
Porém quando seus filhos nasceram, ele não tocou mais. Sua inspiração veio
através de um senhor chamado José João, do Município de Catarina. Segundo Sr.
José Lino, esse era profissional, tocava as festas religiosas, casamentos,
batizados e festas dançantes, era o melhor tocador de pífano da região. Os dois
irmãos, que seguiram o dom de tocadores de pífano, ficaram admirados com a
habilidade do pifeiro José João que reunia dezenas de pessoas em torno dele.
Quando chegavam em casa, Sr. José Lino e Francisco, que tinha um apelido carinhoso
de (Nhô), nas horas vagas, saiam mata a fora, procurando taboca para tentar
fazer pífanos. Pois, não é que conseguiram construir o instrumento, acertar as
notas e músicas e tocar sem ninguém ensinar a ele e a Nhô?
Tocavam entre amigos e batiam num
balde para o povo dançar. Francisco, nosso Nhô morre ainda jovem em Catarina,
no ano de 1971. A seca de 1971 assolou o Estado do Ceará, ano em que morre seu
irmão. Seu pai continuou morando na cidade de Monsenhor Hipólito, no Estado do
Piauí. Com todas essas dificuldades seu José convida Maria Cesário, deixam o
Município de Catarina, no Ceará, e viajam rumo a Bodocó ou Ouricuri, no
Pernambuco, terra de nascimento de seus pais. Colocaram seus pertences no lombo
de um jumento e os dois a pé, com três crianças, com 15 dias de nascida, outra
com dois anos e a outra com quatro. Levaram quinze dias de viagem na rota
Catarina, Saboeiro, Aiuaba e Assaré. Nas paradas, aplacava suas dores, tocando
seu pífano nas horas de descanso. Era mês de março de 1972, quando chegam ao
Assaré, no início da noite, no meio de uma tempestade. Pediram rancho a
Placinho, numa casa em construção, tendo ele recebido com indiferença. Depois
de algum tempo, ele aceitou que passassem a noite na casa. Pela manhã, foram à
Serra da Ema, para uma casa de Zé Carcará. Com dois dias, localizaram um primo
no Sítio Canto Alegre, foi uma alegria enorme. O Sr. Zé Lino foi apresentado
por seu primo a um homem chamado Filemon Freire, que lhe convidou a ser morador
no Canto Alegre. Homem que lhe deu moradia, trabalho e apoio na sua pequena
propriedade, fazendo com que a família de seu Lino fixasse moradia em Assaré,
esquecendo a terra natal de seus pais. Desde os 14 anos, quando aprendeu a
tocar, o pífano é seu companheiro nas horas de alegrias e da tristeza, da sua
família e entre amigos.
Em Assaré, terra da cultura, já
existia uma banda cabaçal de Pedro Bernaldo. Logo ocorreu a notícia de que Zé
Lino fabricava e tocava pífano. Em seguida veio o convite para ser membro da
banda cabaçal, no ano de 1976. A banda tinha oito componentes: dois tocadores
de pífano, um zabumbeiro, um tocador de caixa, quatro bateristas de pratos,
instrumentos tocados por: Zé Lino, João Pedro, Quinco Belisco, João Jumba, Luiz
Gomes, Chico Rico, Expedito Pajeú. Essa banda fez história no Município de
Assaré, de 1976 a 2005. Além de ensaios, tocavam em rodas de amigos, na sua
casa, nas horas de recreação e nas apresentações públicas, principalmente em
maio nas novenas de Nossa Senhora de Fátima, em junho nas festas juninas e em
setembro no cortejo de Nossa Senhora Das Dores e na peregrinação, casa a casa,
pedindo esmola. Desde criança, foi católico, herança cultural de seus pais e
criou toda família nos preceitos do catolicismo. Em 2005, seu Zé Lino
analisando sua crença, resolve mudar de igreja e passa a ser membro da igreja
Testemunha de Jeová. Hoje, ele só toca em apresentação folclórica. Quando
chegou, fixou morada na terra do poeta Patativa do Assaré. Da cidade de
Catarina, vieram três filhos e sete nasceram no Assaré, que são: Francisco
Cipriano, Luiz Cesário, Isabel Cesário, Maria Das Dores, Maria Geruzia, Pedro
Cesário, Cicero Cesário, Maciel Cesário, Filomena Maria e Girlene Maria. Todos
receberam o sobrenome Cesário. Seu Zé Lino, para criar e educar seus filhos,
fez de tudo um pouco. Foi agricultor, pedreiro, pescador, louceiro (fabricava
vários tipos de peças), taboqueiro e cavogueiro (trabalho com dinamite).
Ele sempre procurou ensinar, a
todos que lhe procuravam como tocar e construir o próprio instrumento, tanto de
bambu como de PVC. Continuou defendendo uma cultura que a mídia tem tirado seu
brilho, na história do Nordeste brasileiro.
Recebeu o título de Mestre da Cultura
Assareense da Secretaria de Cultura, Turismo, Desporto e Lazer junto a Gestão
Municipal.
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MESTRE: Manoel José de Alencar
Nome Artístico: Mané do Cego
Ofício: Manifestações Populares
Manuel José de Alencar (Mané do
Cego), filho de José Pereira de Alencar e Maria Firmino dos Anjos, nasceu no
dia 12 de março de 1945, na cidade de Piancó, na Paraíba. Sua irmandade é
constituída por: Severino Pereira de Alencar, Maria José Firmino dos Anjos
Alencar, Rita Pereira de Alencar, Francisca Pereira de Alencar, Antônio
Erinaldo de Alencar, Sebastião Pereira de Alencar, Erivalda Pereira de Alencar
e Aparecida Pereira de Alencar. A família numerosa, o pai cego e a escassez
financeira, em um período de seca, fez com que Manuel do Cego iniciasse sua
vida trabalhando na roça para adquirir a sobrevivência. Tem um ditado que diz:
“Filho de gato, gatinho é”! Manuel herda o dom do pai, além de agricultor,
vaqueiro profissional, dançador de coco, de maneiro pau, zabumbeiro,
triangulista, sanfoneiro, radialista e maior poeta de improviso.
É na sua vida de tocador que
conhece sua esposa, Antônia Felix de Alencar, conhecida como Toinha, com quem
vive até hoje. Do casal nasceram, os seguintes filhos: Francisca Francinilda
Felix de Alencar (falecida), João Felix de Alencar (falecido), Maria Felix de
Alencar (falecida), Jesus Felix de Alencar, Antônio Felix de Alencar e Antônia
Felix de Alencar Filha, todos criados com o trabalho do poeta e da família.
Manuel do Cego tem carteira de repentista desde 1975, já cantou com vários
violeiros do Cariri, porém, seus parceiros foram e são: Miceno Pereira, Chico
Félix, Ceci do Amaro, Cicero Batista, Zé Rogério e Sérgio Batista. Produziu
cordéis, entre eles: “Padre Agamenon”, “Sem águas não temos vida” e “Meio
Ambiente”. Segundo o poeta a inspiração vem da roça, das matas e do amor.
Manuel do Cego é religioso, e disse ter se inspirado em dois poetas: Patativa
do Assaré e Anacleto Dias. Manuel faz parte da Academia de Letras e Literatura
Popular Patativa do Assaré e está sempre pronto a servir aos movimentos
culturais de forma gratuita. Tem como seus seguidores: Alencar, na modalidade
cantor e compositor, e suas netas Josilene, Erica e Manuele.
Manuel do Cego já teve participação
em programas de rádio no Cariri, e, hoje, participa dos programas da Rádio
Cultura de Assaré. Foi diretor do programa Violas do Assaré, na Rádio Patativa
FM e Assaré, Poesia e Viola na Rádio Assaré FM, por muitos anos. Atualmente,
trabalha no Mercado Público como relojoeiro, onde faz muitas vezes um sarau
artístico, com poesias e canções, para o público que por ali passa.
Por esse motivo, a Secretaria de
Cultura, Turismo, Desporte e Lazer e a Gestão Municipal de Assaré lhe reconhece
como Mestre da Cultura dos Saberes e Fazeres na modalidade cantador de
improviso, da Cultura Assareense.
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MESTRE: Geraldo Batista da Penha
Nome Artístico: Poeta Cicero Batista
Ofício: Poesia ( Escrita e Cantada).
BIOGRAFIA DO MESTRE.
Geraldo Batista da Penha, conhecido
como Cícero Batista, nasceu em 09 de maio de 1939, natural de Assaré-CE, filho
de José Batista da Penha e Maria Raimunda da Conceição. É mestre consagrado na
poesia escrita e cantada. Casado com Antônia Leonor da Silva Penha, com quem
teve 04 filhos: Pastorinha, Nelândia,
Paulo e Sérgio. Mora no Sítio Cercada –
Serra de Santana – Município de Assaré-CE. Começou a desenvolver sua expressão
artística em 1958, aos 18 anos de idade, sendo inspirado pelos cordéis, os
quais continham sua atenção e admiração.
Na cantoria teve influências de
João Alexandre e do grande poeta Patativa do Assaré, recebendo deste último
influência direta para aprender e desenvolver suas atividades culturais.
Experimentou um universo misto de expressões, tais como: poesia, cantoria,
cordel, etc. Sua “mínima” formação provém do interesse e da perseverança em
aprender a ler e escrever, embora não frequentasse escola.
O Mestre Cícero Batista publicou um
livro chamado “O Caipirinha do Amor”, obra esta, recheada de poesias e canções,
que teve o apoio do Governo Municipal no ano de 1996 e um CD publicado em 2005,
também com apoio do Governo Municipal, além de músicas gravadas por outros
artistas. Tem, na zona rural, seu maior palco para o desenvolvimento de sua
expressão cultural. Entretanto, já fez apresentações em cidades como: Iguatu,
Juazeiro do Norte, Fortaleza, Assaré, etc., contando com participações de
amigos/parceiros, incluindo o próprio filho, Sérgio Batista, o qual herdou
também sua veia artística.
Aos 25 anos de idade, começou a ter
reconhecimento na sua comunidade, através da cantoria, viajando até para outras
cidades e estados.
Seus principais instrumentos são:
caixas de som, microfone e a viola, sua fiel companheira. As cantorias são
sempre rimadas e banhadas pelo improviso e as principais atividades
desenvolvidas são: a cantoria, a poesia e a música, praticando suas expressões
durante todo o ano, porém, ocorrendo com maior frequência nos tempos de safra
(geralmente, no mês de maio), nas renovações, convites de casamento, etc.
A casa onde vive, serve como espaço
para inspiração, embora não seja suficiente para a manutenção de suas
atividades, Cícero Batista é aposentado como agricultor, todavia, faz uso de
sua segunda profissão de artesão para ajudar na renda familiar.
Tem procurado repassar seus
conhecimentos, através de seu exemplo no dia a dia, embora lute contra o
desinteresse das pessoas.
Pela tradição e respeito a Cícero
Batista, a Secretaria de Cultura, Turismo, Desporto e Lazer junto à Gestão
Municipal de Assaré homenageiam com o título de Mestre dos Saberes e Fazeres da
Cultura Popular Assareense.
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MESTRE: Miceno Pereira da Silva
Nome Artístico: Miceno Pereira
Ofício: Poeta Violeiro
Nasceu no dia 01 de agosto de 1937,
no sitio Cedro, Distrito do Amaro, Município de Assaré – CE. Filho do Sr.
Antônio Pereira da Silva e de Maria Félix Pátria Ribeiro, ambos agricultores.
Seus irmãos são: Helena da Silva Pereira, Maria Pereira da Silva, José Pereira
da Silva, Nilo Pereira da Silva (falecido), Joana Pereira da Silva, Francisca
Pereira da Silva Lima e José de Deus Pereira. Todos foram nascidos e criados na
roça no Distrito de Amaro. Pai de uma única filha, Damiana Bezerra, casada e
moradora da Cidade de Assaré, Miceno Pereira da Silva foi agricultor desde
criança, pouco estudou devido a não ter acesso à escola, não concluindo o
primário completo e sempre gostando de cantar nos afazeres da lavoura. Sempre
que tinha uma cantoria, uma roda de coco embolada ou um cordel, Miceno estava
por perto. Aos 27 anos, Miceno é incentivado a cantar de improviso. Zé
Gonçalves foi um de seus parceiros, tendo se profissionalizado nas décadas de
60 e 70. Parceiro de Patativa do Assaré, até hoje exerce a profissão. Em 1965,
se casa com Maria Sucena da Silva, na Vila do Amaro, com quem viveu 32 anos,
enviuvando no dia 19 de setembro de 1998. Casou-se novamente no dia 04 de junho
de 1999 com Francisca Batista da Silva, que também era viúva. Homem que nunca
escondeu sua ligação com o campo, tendo orgulho de sua origem, tanto que, suas
poesias são voltadas para os costumes e trabalho da roça e a maiorias de suas
cantorias aconteceram em residências de homens do campo, contando com os
cantadores locais e do Cariri, com exclusividade a família Bandeira. Miceno é
autor de inúmeros trabalhos, de gracejos a educativos, como: “Dois Matutos
Conversando” e “Troque sua arma de brinquedo por um caderno escolar”. Pela sua
dedicação ao improviso, aos cordéis, aos livros escritos e sua participação em
programas de rádio.
A Secretaria de Cultura, Turismo,
Desporto e Lazer e a Gestão Municipal de Assaré conferem ao poeta Miceno
Pereira pelos seus saberes e fazeres populares o título de “Cantador ao Som de
Viola’’, do Município de Assaré.
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MESTRE: Raimundo Alves de Caldas
Nome Artístico: Raimundinho do Juá
Ofício: Sanfoneiro
Raimundo Alves de Caldas,
popularmente Raimundinho do Juá, nasceu no Sítio Juá, Distrito do Amaro,
Município do Assaré - CE, no dia 21 de fevereiro de 1949. Agricultor, filho de
Moisés Alves de Caldas e Josefa Maria de Oliveira, conhecida como Loura.
Raimundinho era fascinado por sanfona, porém, o instrumento era caro e ele,
agricultor pobre, não conseguia comprar. Antes de ser sanfoneiro profissional
ajudava nas festas ao sanfoneiro Deusdete da Taboquinha e ao Chico Simão, da Cajazeira
dos Simiões.
Era uma grande alegria e aumentando
o sonho de comprar sua sanfona. Combinou com a família e foi embora para São
Paulo, ganhar dinheiro para comprar uma sanfona. Lá, trabalhou e guardou um
pouco de dinheiro debaixo do colchão. Quando tinha 700 cruzeiros, olhava na
vitrine a sanfona, que custava 3.000 cruzeiros, ficava triste. Encontrou um
baiano, com uma 120 baixos, seminova, que mostrou a Raimundinho e disse: ‘‘Vou
lhe vender por 1.500 cruzeiros, me paga os 700 e, o restante, vai pagando à
prestação.’’ Terminando de pagar a sanfona, Raimundinho compra um zabumba, um
triângulo e um pandeiro, e logo, sua passagem de volta ao Ceará. Sonho
realizado.
Quando chegou, mostrou aos amigos e
foi contratado para tocar, a primeira vez, na Andreza. Era festa do padroeiro.
Inspirou-se sempre no “Trio Nordestino” e teve como bateristas seus dois
irmãos: Antônio Alves de Caldas, conhecido como Bê, e José de Caldas Neto,
conhecido por Dedê. Esse trio tocou em Altaneira, Assaré, Santana do Cariri,
Nova Olinda e Tarrafas. Tocava em festa de casamento, batizado, aniversário, de
padroeiro e em campanha política, alegrando as pessoas, num tempo que não tinha
energia. Essas festas eram ‘‘boas’’, segundo Raimundinho. Padre Agamenon foi um
de seus incentivadores. Casou-se com Maria Alves de Caldas, com quem vive até
hoje, e do casal nasceram cinco filhos que são seu grande orgulho e de sua
esposa. São eles: Francisco Alves de Caldas, conhecido por Robércio, mora em
Brasília, Capital do País; Antônia Edilândia Caldas; Maria Verislândia Caldas;
Marcelo Alves de Caldas e Robério Alves de Caldas. Os dois últimos têm o dom de
Raimundinho.
Marcelo é sanfoneiro e Robério toca
triângulo, zabumba e bateria. Raimundinho fez da sanfona sua profissão, fazendo
festa, na época, ao lado de Tetê Matias e Antônio Urso, em toda região. Tem
algumas composições e gravou um CD, em toda a sua carreira. Veio morar em
Assaré e aqui fundou um grupo de forró, ‘‘Os Cinquentões do Forró”, na
companhia de Cildo no zabumba; Jesus Belisco conhecido por Piula, no triângulo
e Assis Guerreiro, no pandeiro. Participa de vários programas de rádio na
Região e, quando convidado, participa de eventos com a mesma disposição.
Por esse motivo a Secretaria de
Cultura, Turismo, Desporto e Lazer e a Gestão Municipal lhe homenagearam com o
título de “Mestre da Cultura Assareense” pelos dizeres e fazeres da vida de
sanfoneiro.
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MESTRE: João Lino de Alencar
Nome Artístico: João Lino
Ofício: Mestre Poeta
BIOGRAFIA DO MESTRE.
João Lino de Alencar (Mestre da
Poesia) nasceu em Araripe, em 20 de Março de 1935. Filho de Antonio Lino de
Alencar e Josefa Nunes de Alencar, teve 04 irmãos que são: Juca Lino de
Alencar, Joaquim Lino de Alencar, Raimunda Nunes de Alencar e Francisca Nunes
de Alencar (Neinha). Casou-se em 22 de Maio de 1960 com Maria Socorro de
Alencar e tiveram 21 filhos, sendo que 11 chegaram a fase adulta, que são,
Antonio Lino de Alencar (Falecido), Pedro Lino de Alencar (Falecido), Euclides
Lino de Alencar (Falecido), Francisca Lino de Alencar, Odair Lino de Alencar,
Maria Edileuza Lino de Alencar, Rita Maria Lino de Alencar, Roberto Lino de
Alencar, José Lino de Alencar, Antonio Humberto Lino de Alencar e Gilberto Lino
de Alencar.
João Lino residiu em Araripe-CE
durante 09 anos, e depois, veio para o Assaré-CE em 14 de Dezembro de 1944,
ficando apenas 06 meses e mudando-se para a Cercada, Distrito Zona Rural de
Assaré-CE. Aos 12 anos começou a apreciar cantadores de viola e poetas,
aprendendo a fazer poemas com seu parente Patativa do Assaré, que foi seu
vizinho por 43 anos e trabalhando juntos no cultivo da roça. Teve como seus principais
parceiros: Patativa do Assaré, Miceno Pereira, Cícero Batista, Ceci do Amaro,
Pedro Bandeira e João Bandeira.
Escreveu um poema que tinha duas
quadrinhas, a pedido de Patativa, sobre saudade. Seu trabalho tem vários poemas
como ‘‘Canindé não só tem santo’’, ‘‘Só parecia à mãe do calor de figo’’,
‘‘Ponta de rabo’’, ‘‘Um cordel para Patativa e outros’’.
Patativa falava que João Lino era
mais poeta que ele, tendo feito diversas participações, juntos, em Canindé e
Fortaleza.
Em 01 de Março de 2012, foi homenageado
como Mestre da PoesiaPopular pela Secretária de Cultura, Turismo, Desporto e
Lazer e a Gestão Municipal. Nos dias de hoje, encontra-se aposentado e reside
no Sítio Cercada, na Serra de Santana. Apresenta-se quando convidado para os
eventos, declamando suas poesias.
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Mestre Chico Paes
Sanfoneiro de 8 baixos.
Sanfoneiro de 8 baixos.
Francisco Paes de Castro (Chico Paes) nasceu em Assaré, no dia 23 de outubro de 1925. Agricultor, casado com Maria Helena da Silva, com quem teve 03 filhos. Chico Paes morou no Sítio Riacho do Felipe, no Município de Tarrafas e, com 08 anos, começou a tocar harmônica de oito baixos, instrumento musical conhecido popularmente como sanfona pé de bode, dando os seus acordes iniciais com o seu pai que já era sanfoneiro. Sempre vendo o seu pai tocar, pegava a sanfona escondido do mesmo, quando ele ia para o roçado trabalhar. Sua família é composta de 09 irmãos, dos quais, 02 tocavam instrumentos musicais.
Nosso mestre, além de tocar sanfona, também tocou, junto com o seu pai, zabumba e pandeiro, que era a sua grande inspiração. Cada vez mais entusiasmado com talento do filho, seu pai comprou o primeiro instrumento musical ele e o mesmo teve que pagar trabalhando na roça. Aos 20 anos, Chico Paes já tocava sanfona de oito baixos profissionalmente em festas, casamentos, aniversários e com amigos. Começaram a reconhecer o seu sucesso como tocador na região, e assim encontrou muitos parceiros, dentre eles o maior tocador da região, que era Zé Pinheiro da Paraíba, que já faleceu, se apresentando por muitas vezes juntos.
Depois de sua fama já consolidada, seu Chico lançou uma música que fez muito sucesso, ‘‘Copo Cheio’’, e tem uma curiosa história, pois tudo começou quando ele estava em uma roda de amigos, bebendo numa mesa de bar e os copos estavam todos cheios de cerveja, assim ele compôs essa música.
O nosso mestre já foi convidado para tocar nas festas de Patativa por muito tempo e, também, sempre recebia convites para tocar com grandes artistas como: Dominguinhos, Alcimar Monteiro, Jorge de Altinho, Dorgival Dantas e outros. Chico Paes já possui um CD gravado com 15 músicas e tinha grande ciúme da sua sanfona, pois, através dela, ele expunha as suas músicas já gravadas e de outros artistas. O seu ciúme era tanto, que não deixava qualquer pessoa tocar, só quem realmente sabia, por isso ele falou que a sua sanfona pé de bode seria o seu casamento pro resto da vida.
Entre as várias homenagens, o mestre Chico Paz recebeu da Secretaria de Cultura, Turismo, Desporto e Lazer e da Administração Municipal de Assaré o título de “Mestre da Cultura Assareense” pelos Saberes e Fazeres.
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MESTRE: Anacleto Dias de Oliveira ( IN MEMORIAM )
Mestre Anacleto Violeiro
ANACLETO DIAS DE OLIVEIRA nasceu no Sítio Cacimbas, hoje Município de Tarrafas, aos 17 de outubro de 1921. Tendo como irmãos: Amália Dias de Oliveira, (falecida), Maria Dias de Oliveira, (falecida), José Bruno de Oliveira, (falecido), Expedito Dias de Oliveira, carinhosamente chamado de Dôzinho (falecido), José Dias de Oliveira (Zé Garcia, falecido, além de irmão, amigo íntimo, aquele que tinha grande aproximação), João Matias de Oliveira, Maria Dasdores de Oliveira (falecida), Francisca Dias de Oliveira (falecida), Anápole Dias de Oliveira (falecido), Cândida Dias de Oliveira (carinhosamente chamada pelas amigas de Cidinha, Santa Dias de Oliveira (falecida) e Antônio Dias de Oliveira.
Toda essa família de 13 filhos tinha como genitores, o casal de agricultores Joaquim Dias de Oliveira e Genoveva Maria de Jesus. Ambos criados com disciplina e ética entre o Sítio Cacimbas e o Sítio Capão, que era, propriedade do mestre. Período de desprezo político, de constantes estiagens, 1932, Joaquim Bruno, como era chamado, consegue criar seus filhos com muita dificuldade. Entre essa enorme família, existia um que se destacava: Anacleto Dias de Oliveira que, desde cedo, gostava de ouvir um cantador que fosse de improviso ou uma boa música do som de um violão. As Cacimbas era perto da Serra de Santana, terra do Poeta Patativa do Assaré. Quando Anacleto nasceu em 1921, Patativa com 16 anos, aprendendo a tocar e cantar de improviso, inclusive na casa de Joaquim Bruno seu amigo. Quando ele se tornou profissional, cantava e inspirava Anacleto, ainda criança, que veio, mais na frente, a ser seu parceiro de cantoria. Aos 15 anos de idade, Anacleto compra uma viola e, em seguida, começa a tocar e a cantar. Sua voz era o temor do sertão, encantava a família, os amigos e vizinhos, seus primeiros ouvintes. Neste período, Patativa tinha trinta anos e já era profissional e convocou Anacleto a bater asas no mundo da cantoria. Este torna-se profissional e canta muito com Patativa, Alexandre, Zé Gonçalves e outros violeiros que ia encontrando. Sua voz era de grande expressão, principalmente quando cantava romances e canções, sendo ouvida, durante a madrugada, de lugares distantes do evento que ele se apresentava.
Um de seus pontos altos da cantoria foi se apresentar em Fortaleza para a senhora Nezinha Galeno, filha do poeta Juvenal Galeno. Em 1964, antes de edificarem a estátua da horta, ele ganha um concurso de poesia organizado por Pedro Bandeira de Caldas entre todos os poetas da Região do Cariri. Voz bonita, improvisava e tocava bem, era homem que, onde chegasse a se apresentar com seu falar eloquente, bom porte físico e elegância no vestir chamava a atenção. Eram muitas as moças que iam as cantorias, mais para ver o cantador do que para ouvi-lo cantar. Nas festas de viola, em evidência na época, ele se tornou um boêmio. Muitos amigos e familiares lhe apelidaram de “doutorzinho”, era um ídolo nas festas que participou. Mas uma mulher lhe chamou a atenção, e muito rápido conquistou seu coração foi Vicência Maria da Conceição, com quem, em 1949, casou-se e, dessa união conjugal, nasceram: Francisca Dias de Souza (Francy), Francisco Vanilton de Oliveira (Vevê para os amigos, já falecidos), Maria de Lourdes Dias de Oliveira (Luvany/Lourdevan), Joaquim Dias de Oliveira, Francimeire Dias de Souza (Meirinha), Francilene Dias de Oliveira (Laninha), Emanuel Dias de Oliveira e Vildenberque Dias de Oliveira (faleceram recém-nascidos), e, um filho adotado, Antônio Tomaz Neto. Essa é a prole do nosso querido poeta, que dedicou sua vida ao improviso ao som da viola, também com Miceno Pereira, Manuel do Cego, Geraldo Amâncio e toda a família Bandeira. Entre as várias homenagens, o poeta Anacleto Dias de Oliveira (nosso doutorzinho) recebe da Secretaria de Cultura, Turismo, Desporto e Lazer e da Gestão Municipal o título de “Mestre da Cultura Assareensse” pelos Saberes e Fazeres na Cantoria de Viola.
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MESTRE: Pedro Targino da Silva ( IN MEMORIAM )
Mestre Pedrinho do Pandeiro
Pedro Targino da Silva (Pedrinho do Pandeiro) nasceu no dia 20 de dezembro de 1949, na Cidade de Assaré, filho de José Soares da Silva e Josefa Targino da Silva, tinha 04 irmãos: Francisco Lino Targino da Silva, Francisco Leniro Targino da Silva, Francisco de Assis Targino e Maria Ermilia de Oliveira Chagas. Casou-se com Socorro Florenço, com quem teve 02 filhos: Fernanda Oliveira Targino da Silva e Ricardo Oliveira Targino da Silva.
Começou a tocar pandeiro aos 08 anos de idade. Aos 20 anos foi para São Paulo, onde morou por 07 anos e depois voltou para sua terra natal, Assaré. Com a sua vinda reavivou os laços de amizade com os seus conterrâneos e formou um grupo musical com o nome "Os Imitáveis", que tocava MPB. O grupo durou apenas 01 ano, e se apresentava com o objetivo de melhorar a renda familiar dos seus componentes. Pedro sabia as notas musicais e já havia tocado com vários grupos famosos, tendo participação com os “Demônios da Garoa”. Também tocou bateria e gostava de choro e samba, tendo como parceiros Valter, Targino (falecido), Geovane e Luizão de Telma. Amante da música, cantava bem samba e seresta. Porém, o seu forte, era a paixão pelo pandeiro, companheiro no momento de distração com a bebida do lado, mas também tocava bateria e ensinou a diversas pessoas a arte de tocar pandeiro. Para garantir o sustento familiar, trabalhou em várias profissões como: agricultor, garçom, pedreiro e açougueiro. Pedrinho aposentou-se, devido ao problema de saúde e passou a tocar muito pouco, todavia a paixão dele era continuar se apresentando com o seu pandeiro.
Como diz Adão Modesto e Valter do Cavaquinho:
- Fomos amigos de Boêmia.
Pela tradição e respeito à Pedro Targino da Silva a Secretaria de Cultura, Turismo, Desporto e Lazer junto à Gestão Municipal o homenagearam com o título de Mestre dos Saberes e Fazeres da Cultura Popular Assareense.
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