MESTRE: Maria Lúcia Pereira
Nome Artístico: Dona Lúcia Doceira
Ofício: Culinária Regional
Maria Lúcia Pereira nasceu no dia
19 de janeiro de 1951, no Município de Nova Olinda. É filha de Antônio Pereira
de Souza e Josefa Maria da Conceição.
Dona Lúcia faz parte de uma grande
família, tendo como irmãos: Mauro Pereira de Souza, Irene Pereira de Souza,
Esmeralda Pereira de Souza, Josefa Pereira de Souza, Marina Pereira de Souza,
Rosália Pereira de Souza e Maria Ilda de Souza.
Sempre residiu na zona rural,
trabalhando na luta do campo. É casada com Luiz Serafim dos Santos, desde 18 de
julho de 1973. Desse matrimônio teve 16 filhos, a saber: Josefa Edvânia
Serafim, Silvano Serafim, Francisco Ivan Serafim, José Ideval Serafim, Ronaldo
Serafim, Rafael Serafim, Rogério Serafim, Daniel Serafim, Damião Serafim, Cosmo
Roberto Serafim, Aparecida Serafim, Flávia Serafim, Fabiana Serafim, Luciene
Serafim, Simoni Serafim e José Idevan (falecido, morreu com 11 meses).
Com seu esposo, Lúcia ainda hoje
convive em boa harmonia no sítio São João, próximo ao Distrito de Aratama, em Assaré.
O casal de agricultores trabalhava na lavoura e viviam da produção de algodão e
mamona. Com o passar dos tempos, a produção da mamona e do algodão entra em
declínio. O casal, sabiamente, busca outro tipo de atividade: resolvem fazer
doce caseiro. Desse trabalho, Lúcia e Luiz criaram toda sua prole familiar.
Salienta-se, ainda, que esse fazer culinário foi herdado do pai de Lúcia que, a
partir dos anos 80, trabalhou a todo vapor nessa nova empreitada, para sustento
da família.
Por três vezes na semana, com seu
filho Cosmo, saía vendendo os doces pela redondeza. O filho levava o doce numa
panelinha para Cacimbinha, Santo Antônio, Fortuna, Bezerra, Aratama, chegando
em casa, à tardinha. A fabricação do doce caseiro ficou tão conhecida, que
LÚCIA expandiu os trabalhos para as cidades circunvizinhas: Potengi, Nova
Olinda, entre outras.
Ela “fabrica” doce a gosto do
freguês, trabalhando no período chuvoso ou de sol, chegando a desmanchar 30
quilos de açúcar num mesmo tacho. A sua iguaria é presença marcante entre
muitos compradores, tais como (aqui em Assaré): Geraldinho da Farmácia,
Marquinho da Farmácia e Cícero de Paulo Paiva.
Além das vendas no Município de
Assaré e em cidades vizinhas, o doce caseiro de LÚCIA chegou ao Estado de São
Paulo, via encomenda e enviado por topiqueiros. Um dos filhos de LÚCIA, Daniel,
herdou esse fazer culinário. Foi morar em Santa Catarina e lá, nas “horas
vagas”, trabalha fazendo doce e vendendo, a pedido.
Lúcia trabalha com uma boa
diversidade de doces: batata de umbu (cuca de umbu), goiaba, amendoim,
gergelim, banana, mamão com coco, leite puro, leite com coco, abacaxi com coco,
chouriço. Relata Lúcia: “Através do doce criei toda minha família”.
Pela exposição desses fatos e pela
dedicação à Cultura Popular do Assaré, a Gestão Municipal e a Secretaria de
Cultura, Turismo, Desporto e Lazer de Assaré concedem o título de MESTRA dos
Fazeres e Saberes Populares, na modalidade CULINÁRIA (DOCE CASEIRO), à senhora
Maria Lúcia Pereira, por entender que ela é uma guardiã da Cultura Popular do
Assaré – CE, no XVI PATATIVA do Assaré
em Arte e Cultura, no ano de 2020.
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MESTRE: Francisca Zenilda Soares Ferreira
Nome Artístico: Dona Zenilda da Linguiça Caseira
Ofício: Culinária Regional
BIOGRAFIA DA MESTRA.
Francisca Zenilda Soares Ferreira,
conhecida em Assaré, como “Zenilda da linguiça”, nasceu no dia 04 de fevereiro
1933, na cidade de Assaré. Filha de Alexandrina Gomes de Matos e de Cicero
Soares de Sousa, teve como irmãos:
Francisca, Lídia, Helena, Pureza, Idelzuite e Fabilino.
Sua mãe possuía um restaurante
denominado de “café” e, desse pequeno comércio, atendia fregueses de Assaré,
dos sítios e cidades circunvizinhas, principalmente, nos dias das tradicionais
feiras livres, nas segundas-feiras. E, desse pequeno comércio era retirado o
sustento da família.
Dona Alexandrina sempre enfrentou
desafios em sua vida conjugal, devido seu esposo não cumprir os juramentos do
matrimônio, causando transtornos e mal-estar entre o casal, atingindo
diretamente seus filhos. Enfim, de fato, veio a separação. Dona Alexandrina com
seus filhos, ainda menores, sobreviveram do lucro de sua pequena pensão,
situada na rua que hoje recebe o nome de Padre Agamenon Coelho, onde está
localizado o prédio do 1º cartório.
Sua separação provocou bastante
sofrimento, devido três motivos: primeiro, na metade do século XX, mulher
separada era discriminada, devido a prática abusiva do machismo e, sem lei que as protegessem; depois, a
situação financeira, Assaré vivia uma pobreza extrema, tanto no campo quanto na
cidade; e, por último, na questão social. Tínhamos um poder público quase que
inexistente para atender à saúde, à educação e à ação social. A dificuldade era
total. Nesse cenário, Dona Alexandrina consegue criar seus sete filhos.
Francisca Zenilda, devido às circunstâncias, teve que trabalhar desde criança
no pequeno restaurante, como auxiliar de sua mãe, contato este que a tornou
herdeira da profissão de sua genitora.
Naquele período, não existia
energia elétrica em Assaré e os alimentos tinham pouca durabilidade. Por isso,
as técnicas europeias de conservação de alimentos, que vieram para o Brasil nas
caravelas coloniais, foram postas em práticas no nosso pequeno comércio. No
Nordeste, não era diferente. Os conservantes mais usados eram pimenta do reino,
noz-moscada, sal, alho e vinagre. Dona Alexandrina aprendeu e ensinou a sua
filha Zenilda no restaurante da família a tradição de conservar alimentos,
tendo como destaque a linguiça, conhecida hoje como linguiça caseira ou
artesanal.
Um dos momentos mais tristes na
vida de Zenilda, foi o falecimento de sua mãe dona Alexandrina. Sem o pai que
lhe abandonou e agora sua mãe falecida, encontrava-se desprotegida, com apenas
16 anos de idade. Sente-se na obrigação de morar na casa de sua irmã Pureza,
que lhe deu tratamento duro o que desagradou Dona Zenilda, que em sua
adolescência primava pela liberdade, um dos motivos de conflito entre as duas.
Tinha uma irmã no Rio de Janeiro chamada Francisca, para onde seu irmão queria
que ela fosse. Porém, aqui era o lugar de sua preferência, pois tinha
liberdade, amigos e um rapaz de nome Raimundo Ferreira do Nascimento, conhecido
como Dim Ferreira, por quem tinha um grande afeto. Tudo isso foi motivo de
luta, para continuar em sua terra de origem a terra de Nossa Senhora das Dores.
O casamento
Aos 24 anos de idade ao invés de ir
para o Rio de Janeiro como queria sua família, resolveu se casar com Dim
Ferreira mesmo contra a vontade de algumas pessoas da família. Como conselheiro
e amigo, padre Agamenon de Matos Coelho, esse, sabendo dos acontecimentos,
sendo amigo de ambas as famílias e , tendo certeza da dedicação do casal ao
catolicismo e, em especial, à Igreja de Nossa Senhora das Dores, convida os
dois, no período da noite, sem a presença dos curiosos, e oficializa o
matrimônio, que durou 45 anos, do qual, nasceram 05 filhas: Maria Socorro, Ana
Amélia, Aparecida, Maria das Dores e Alexandrina. Viveram sempre crentes na
Igreja Católica Apostólica Romana.
Dedicação ao comércio
O casal Zenilda e Dim Ferreira
sentou para traçar planos e metas para a família. Dim não queria a continuidade
do restaurante, mas sua esposa, com seu jeito cativante, não abdicou da
tradição da família e resistiu, continuando com o restaurante de sua mãe,
promovendo assim o rápido sucesso. Ao saírem do prédio onde hoje está
localizado o cartório de 1º oficio, foram se estabelecer no Mercado, prédio que
pertencia ao Sr. Manoel de Benta, durante muitos anos. No ano de 1970, mudou-se
para o prédio que permanece com sua família até os dias de hoje.
Enfim, um prédio da família. Ela
não esqueceu sua mãe e manteve vários lanches entre eles a tapioca com linguiça
do restaurante de Dona Zenilda. Vale salientar que o seu produto é fabricado e
vendido com produtos naturais de excelência e só compra carne de porco caipira,
novo, de referência boa, tempero selecionado pessoalmente por ela, preparado
para conserva. E estes são uns dos segredos do sabor diferenciado na fabricação
de linguiça. Figuras ilustres como Patativa do Assaré, Adauto Bezerra, Raul
Onofre, homens e mulheres comuns de Assaré e vários empresários que atuam fora
e dentro do Município comeram e comem esse saboroso alimento. Hoje, sua
linguiça é produto de exportação para filhos de Assaré que percorrem os mais
diferentes lugares como: Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza, etc.
Em 1994, Dona Zenilda perdeu seu
esposo com quem convivera 45 anos e lutou para construir sua história familiar.
Mesmo triste e com o peso da idade, se apoia nas duas filhas Alexandrina e
Maria das Dores e continua com o restaurante e a mesma garra. Elas ajudando sua
mãe a levar o sabor do tempero da linguiça mais famosa de Assaré para outros
locais.
Em 2010 perdeu sua filha Maria das
Dores ainda jovem. Um impacto, muito triste, porém deu a volta por cima e
apoiada em sua outra filha, Alexandrina, continua com as portas abertas de seu
restaurante, o “ZENILDIM”, oferecendo seu prato principal: ‘‘linguiça caseira
com tapioca de Dona Zenilda” e muito carinho com fregueses fiéis que frequentam
seu estabelecimento há décadas.
O segredo principal de sua linguiça
e tapioca, é a aplicação do carinho na receita que herdou de sua mãe e que se
tornou tradição em Assaré. Este é o motivo de Dona Zenilda receber o título de
“MESTRA DA CULTURA DESTE MUNICÍPIO e TESOURO VIVO DO ESTADO DO CEARÁ - MESTRE
DA CULTURA DO ESTADO DO CEARÁ”.
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MESTRE: Maria Pereira da Silva
Nome Artístico: Maria de Zé de Lara
Ofício: Culinária Regional
BIOGRAFIA DA MESTRA.
Maria Pereira da Silva (Maria de Zé
de Lara) nasceu em São Gonçalo, Distrito de Assaré em 10 de outubro1948, filha
de Antônio Raimundo da Silva e Norvina Tereza da Silva. Casou com José Pereira da Silva em 15 de janeiro
1966, e tiveram 11 filhos e criam 2 netas.
Começou a fazer pão de ló aos 15
anos de idade, que aprendeu com sua mãe Norvina Tereza da Silva. Fazia os pães
de ló só para alimentação da família. Depois, começou a fazer por encomenda
para as pessoas e vendia na vizinhança de onde ela morava. Muito tempo depois,
deixou de fazer por conta que as pessoas queriam comprar por um preço bem
abaixo, por isso ficou fazendo somente para os filhos que moravam fora, e para
a alimentação de casa. Na fabricação do pão de ló, utilizava os ingredientes
que era: goma, açúcar, rapadura, ovo, erva doce, canela, bicarbonato e mel.
Depois, colocava no pilão o mel com a goma e batia pra misturar os
ingredientes. Em seguida, colocava nos depósitos de lata de sardinha, doce ou
alumínio pra levar ao forno.
Utilizava um forno de barro que
tinha no quintal da casa dela ou o forno a gás para assar, por apenas 05
minutos. Puxava os depósitos com uma vara de madeira com um gancho que fixava
nas latinhas, para assim retirar do forno.
Ela ensinou o ofício a todos os
filhos, mas apenas a filha Marlene resolveu seguir tal ensinamento, por pouco
tempo.
Em 2010, recebeu o reconhecimento
da Cultura como mestra da culinária de pão de ló.
Dona Maria nunca deixou de ser
agricultora e cria animais como: porco, galinha e gado, que serve para
alimentação da família. Nos dias de hoje, dona Maria, dificilmente, faz pão de
ló, às vezes pra se alimentar com a família, não comercializando mais. Mora em
São Gonçalo, Distrito de Assaré e vive com seu marido, uma neta e uma bisneta.
Este é o motivo de Maria de Zé de
Lara receber o título de “MESTRA DA CULTURA DESTE MUNICÍPIO”, pela Secretaria
de Cultura, Turismo, Desporto e Lazer e Gestão Municipal de Assaré.
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MESTRE: Antonio Delfino da Silva ( IN MEMORIAM )
Mestre Seu Ecílio
Antônio Delfino da Silva nasceu no dia 17 de fevereiro de 1922, no Estado do Maranhão. Filho de Cícero Delfino da Silva e de Benedita Paiva da Silva. Veio para o Ceará com aproximadamente 16 anos, na companhia de sua avó. Mas Antônio Delfino da Silva (popularmente chamado de seu Ecílio), deixou no Maranhão 10 irmãos: Pedro (apelidado de Vaniro), Balbina (apelidada de Loura), Emanoel (apelidado de Nélson), Francisco, Juarez (apelidado de José), Jaconias, Maria (apelidada de Risor), Antônia (apelidada de Dalcy), Aurizete (apelidada de Luzia) e José (falecido aos seis anos).
Seu Ecílio, assim conhecido em Assaré, casou-se cedo com uma prima denominada de Maria de Lourdes Matias da Silva e, do casamento, nasceram cinco filhos, que são: Francisca Edileuza da Silva, Raimundo Valderir da Silva, Antônio Alderir da Silva, Benedita da Silva e Maria Edilsa da Silva.
Seu Ecílio enviuvou e, com o passar do tempo, casou-se pela segunda vez, desta, com Luíza Alves da Silva e deste casamento nasceram os seguintes filhos: José Neto Alves Damaceno, Francisco Gilberto Alves da Silva, Maria Jucicleide Silva de Oliveira, Cícero Alves da Silva, Maria Auxiliadora Alves da Silva, Rosália Alves da Silva, Cícero Delfino da Silva, Francisco Alves da Silva e Welington Silva de Oliveira; esse último, filho adotivo.
Desde os 16 anos, que seu Ecílio aprendeu a fabricar e vender quebra queixo. Desse ofício, ele criou toda a sua família, trabalhando também na agricultura. Seus produtos caseiros eram vendidos nas festas, nas feiras em Assaré e em outras cidades circunvizinhas, porém fez sua história dentro do Mercado Central de Assaré. Foram mais de quarenta anos nessa labuta e centenas de pessoas saborearam o “doce” de Seu Ecílio.
Por esse motivo, a Secretaria de Cultura, Turismo, Desporto e Lazer e a Gestão Municipal lhe atribuiram o título de Mestre dos Saberes e Fazeres da Cultura Assareense.
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MESTRE: Luiza Assunção do Nascimento ( IN MEMORIAM )
Mestra Luiza do Eldo
Luiza Assunção do Nascimento (Luiza do Eldo) nasceu em Iguatu-CE, no dia 23 de setembro de 1931. Filha de Cândido Alexandre de Oliveira e Etelvina Assunção de Oliveira, família composta também por seus 11 irmãos: Edilson, Valdo, Aurilio, Climerio, João, José, Maria Assunção, Auristela, Terezinha e Francisca (Dodó) Neta. Casou-se no dia 24 de julho de 1950 com Eldo Ferreira do Nascimento, com o qual teve 05 filhos: José Ferreira do Nascimento, Valdenia Ferreira Furtado, Valdelice Ferreira Soares, Maria Aparecida Ferreira, Antônio Edmar Ferreira, Francisco Helder Ferreira, Maria da Gloria Santos (filha adotiva).
Começou a fazer comida no Mercado quando tinha 40 anos de idade e, depois, resolveu fazer linguiça caseira, o que aprendeu sozinha sem ajuda de ninguém. Quando casou em 1950, ela e o esposo começaram a trabalhar juntos no Mercado fazendo caldos, sopas e a tapioca com linguiça, que era o prato principal.
A linguiça era preparada com a tripa de gado, que era posta de molho em água quente. Depois usava um funil de alumínio para encher as tripas com a carne e todos os temperos. Utilizava um pedaço de madeira com uma agulha fixada pra furar as tripas, quando ficavam prontas, colocavam as linguiças em uma corda para secarem por umas 05 horas, até ficar no ponto. A carne que usava, era colchão mole ou a pá do porco, e com 1,5 kg de carne, daria pra fazer um metro de linguiça caseira.
Dona Luiza vendia a linguiça por palmo ou metro, o que custava em torno de R$ 30,00. Inclusive vendeu pra muitos lugares como São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza e às pessoas que eram freguesas.
Em 2010 recebeu visitas de jornalistas da “TV Cidade” e Jornal “O Povo”, de Fortaleza para fazerem entrevistas sobre sua arte de culinária.
Deixou de praticar a referida arte devido a problemas de saúde no ano de 2011, repassando seus conhecimentos para sua filha Aparecida. Logo depois, no dia 29 de novembro de 2012, teve uma grande perda, o falecimento de seu marido.
Devido à sua dedicação à arte culinária a Secretaria de Cultura, Turismo, Desporto e Lazer e a Gestão Municipal a reconheceram como Mestra da Cultura do Assaré pelos Saberes e Fazeres da Cultura Local.
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MESTRE: Maria Madalena Moreira ( IN MEMORIAM )
Mestra Dona Madalena
Maria Madalena Moreira nasceu na Cidade do Assaré, no dia 30 do novembro de 1924. Filha de Francisco Moreira e Raimunda da Silva Louredo, de origem portuguesa.
Veio para Recife e de lá, para Assaré. Aqui, além de Dona Madalena, teve mais três filhos: José Moreira, Benedita Moreira Nunes e Geraldo Rogério. Dona Madalena foi educada nos costumes da Religião Católica, à qual se dedicou a vida toda. Teve um namorado, que pretendia se casar com ele. Porém, o mesmo foi embora e não voltou. Ela não casou com mais ninguém.
Dedicou sua vida à sua religião, à ajuda aos necessitados, adotou e educou os filhos: Raimundo Rogerio Neto, Francisco Glaubério Alencar Rogerio, Antônia Aureliana Alencar Rogério e Raimundo Diego Alencar Rogério, que sempre tiveram um respeito imenso por Dona Madalena.
Dona Madalena, para manter suas despesas, numa época de dificuldades econômicas, começou a negociar na feira com bolos, sequilhos e pão de ló, esse último, sua grande especialidade. Dona Madalena foi uma pessoa extraordinária nos dotes culinários. Moça simples, porém, fabricante de produtos com textura e sabor inigualáveis na região. Na feira, seus produtos eram levados além das fronteiras do Assaré, tornando-se encomendas feitas pelas pessoas que tinham bom paladar. Teve sua vida dedicada ao forno artesenal, de onde saíram, durante toda sua vida, seus saborosos bolos e pães de ló. Por esse motivo, a Secretaria de Cultura, Turismo, Desporto e Lazer e a Gestão Municipal lhe conferem o título de Mestra do Saberes e Fazeres da Cultura Popular Assareense.
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