Inventário Turístico

MEMORIAL MERCADO PÚBLICO DE ASSARÉ. 


A história do Mercado Público de Assaré remonta à segunda década do Século 19, quando Alexandre Silva Pereira, proprietário das terras da fazenda Jeremoabo se encorajou para criar o Município com denominação de Assaré.
Sendo ele um homem visionário, lhe veio logo na ideia, planejar  o espaço urbano da futura sede do Município. Na época, o povoado contava somente com  uma rua, que obedecia o alinhamento correto. Então, a partir da mesma, Alexandre mapeou as demais, não se esquecendo de incluir no projeto um espaço determinado ao futuro mercado público. Na planta da região central da cidade, ainda hoje pode ser observada, que os prédios da Matriz de Nossa Senhora das Dores e do Mercado estão simetricamente distribuídos dentro dos espaços a eles destinados, alinhamento também, seguido pelas ruas que as cercam.

Por falta de verbas para construir o prédio, por mais de 70 anos o terreno destinado ao Mercado permaneceu vazio. A partir de 1865 todos os presidentes do Conselho Municipal e depois os intendentes já no período republicano lutaram em vão por estes recursos.

Em 1.916, o intendente do Município, cargo que corresponde atualmente a de prefeito, era o Coronel Raimundo Mendes Bezerra, advogado de renome e casado com a filha do padre José Tavares, professora Cândida da Glória Tavares Mendes. Fora ela a primeira professora diplomada filha de Assaré.

O coronel Antonio Mendes também se esforçou pelo projeto, mas vendo que era impossível conseguir recursos federais ou estaduais, resolveu fazer um acordo com os comerciantes nos seguintes termos: passaria a escritura do térreno a quem se comprometesse a construir a sua loja, obedecendo a planta original. Os comerciantes acharam a proposta razoável e deram início as obras em 1917 concluídas no ano de 1920.

O coronel Antonio Mendes Bezerra tivera como sucessor na Intendência assareense o senhor João Pereira Pinto. Fora este quem mandara construir o galpão, que ficou conhecido por ‘arapuca’ na área interna do mercado, destinada ao comércio de alimentação.  

No entanto, faltava ainda para compor a planta original a fachada do prédio, que só veio a ser construída em 1.943, com a nomeação de Raimundo Claraval Catonho  para interventor municipal. Bel, como era conhecido, chegou ao cargo em substituição ao seu pai, que idoso e enfermo, pediu ao interventor estadual Meneses Pimentel que o colocasse como substituto. Meneses Pimentel jamais poderia faltar a um pedido de Tertuliano Catonho, companheiro de luta, apoiador da ditadura Vargas desde 1.930. E ainda fez mais ação amigável. Para que Bel entrasse com o pé direito na Prefeitura de Assaré, liberou os recursos para construir a fachada do Mercado. Uma obra gigantesca para a época.

A partir de então, passou a funcionar como um lugar que inspirava grandeza e modernismo. Suas calçadas serviam de passarelas às moças e os rapazes  que trocavam flertes, enquanto os casais enamorados passavam de braços dados, todas as noites, até a luz emitir o primeiro sinal de desligamento, às 9 horas da noite.

A melhoria de 1943, não alcançou a parte central do prédio, que permaneceu precária. Na conhecida ‘arapuca’, o pessoal que trabalhava com a gastronomia cozinhava em trempes de pedras e os fregueses se alimentavam em pé. As condições de higiene eram mínimas. E assim permaneceu até 1971, quando o prefeito Vicente de Paulo Rodrigues Paiva conseguiu uma verba junto ao governo do Estado, que tinha à frente o Cel. Cesar Cals de Oliveira, para melhorar a espaço interno do Mercado. A ‘arapuca’ fora demolida , dando lugar aos cubículos destinados aos pequenos restaurantes, os conhecidos ‘cafés’ e açougues.

No ano de 2008, o Mercado passou por uma grande reforma, na gestão do prefeito Evanderto Almeida. O espaço central fora totalmente demolido e pela nova planta, os açougues foram retirados, ficando no lugar a praça de alimentação. E no espaço dos cafés, foram construídas lojas para a comercialização de artesanato e outros produtos. A planta também reservou um espaço para a agricultura familiar. Foram construídos novos banheiros e o teto foi trocado por estrutura metálica.  O espaço externo ganhou calçadões e praças nos quatro lados do prédio.


Depois de 100 anos, o Mercado Público de Assaré, conta quase com a totalidade das atividades comerciais da cidade.



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MEMORIAL PATATIVA DO ASSARÉ.


A edificação onde hoje funciona o Memorial do poeta Patativa do Assaré, foi construída no final do século XIX por Antônio Pereira Anselmo, que investiu 500 mil réis na construção do prédio.
Durante muito tempo o casarão com dois pavimentos foi a mais bonita residência da cidade, passou por vários donos dentre os quais Neném Brilhante, José Cartaxo Rolim, Zezé Pio e Sílvio Sampaio.
Os herdeiros deste último venderam o prédio para a prefeitura, o prefeito na época era Pedro Gonçalves, o prédio antigo arquitetura colonial faz parte da história de Assaré. O casarão serviu de morada de velhos coronéis, foi a 4º cadeia pública, escola, sede de sindicato, hotel, clube social e casa residencial. A prefeitura apresentou a conta, R$ 150 mil só na restauração e R$ 99 mil para equipar. O prédio foi comprado desde 1994 por 931 mil cruzados cerca de R$ 981.000,00 reais.
A Fundação Memorial Patativa do Assaré, foi fundada no dia 04/05/1993, quando artistas assareense resolveram criar uma entidade que viesse a preservar e valorizar a vida e a obra do poeta Patativa do Assaré. A entidade promovia eventos e cursos para os munícipes, no mesmo ano a entidade foi reconhecida de utilidade pública pelo Poder Executivo.
Foi quando em 1998 a entidade fechou uma parceria com o governo municipal e estadual para  comprar, reformar e instalar num sobrado do século XVII, um museu que expusesse a vida e a obra do filho mais ilustre da cidade, Patativa do Assaré. Em 05 de março de 1999 foi então inaugurado o Memorial Patativa do Assaré, que possuem mais de 1.200 peças no seu acervo.
O museu se localiza na Rua Coronel Francisco Gomes nº 82. Instalada em um sobrado do final do século XVIII, prédio que faz parte do patrimônio Histórico Cultural do município. Nas dependências do antigo sobrado, funcionou cadeia pública, hotel, câmara de vereadores, e residência de particulares.
As entidades apoiadoras da construção forneceram as mobílias, bem como todo material de multimídia de última geração na época. A família do poeta doou o acervo, objetos de uso pessoal, títulos e troféus, manuscritos, material da casa onde nasceu tudo para se montar o espaço museográfico.
Como sua presidente a fundação conta com a neta do poeta, Isabel Cristina.
O memorial recebeu nos últimos anos aproximadamente o total de aproximadamente mais de 100.000 mil visitantes, oriundos em sua maioria das regiões Nordeste e Sudeste do País, além de visitas de estudiosos franceses, espanhóis, americanos, suecos e ingleses.
A entidade recebeu o prêmio ceará vida melhor, instituído pelo governo do estado do Ceará, onde foram certificados instituições que colaboram e promovem o desenvolvimento social, econômico e educacional do município.
O Memorial Patativa do Assaré faz parte do roteiro nacional de turismo o que faz com que aumente a demanda turística do município. E em nossa gestão Assaré de Todos o museu passou por uma reforma arquitetônica com ampliação e climatização do auditório D. Belinha Cidrão.



DESCRIÇÃO ARQUITETÔNICA - Memorial Patativa do Assaré
Edificação assombrada, de grande relevância arquitetônica, encontra-se implantada  em lote de esquina com grande profundidade e ausente de recuos  frontais  ou laterais. Afora a igreja Matriz Nossa Senhora das Dores, o Memorial  Patativa do Assaré é o edifício histórico de maior vulto da cidade, não só por sua esquala e volumétrica, mas também por configurar-se num valioso exemplar da arquitetura colonial no Ceará, testemunho de técnicas vernaculares tempos  recuados.
                Sua fachada principal reflete o pavimento superior exibindo dois níveis de envasaduras. No térreo sucedem-se três delas, referente a uma porta e duas janelas rasgadas, todas emolduradas e possuindo verga em arco abatido, características que, juntamente com uma relação de predominância de cheios  sobre vazios, atesta a ancianidade  do imóvel. Superando estas envasaduras e correspondentes a elas, tem-se três janelas rasgadas, guarnecidas  por balcões em ferro de feitura recente, as quais exibe veja reta encimada por bandeira em  argamassa arrematada por moldura. Desenvolvendo-se sobre esta frontaria, segue-se uma bem acabada cornija antecedida  por friso fitomorfo  e portadora de duas bicas conhecidas como jacarés.
                Descansando sobre a cornija, a platibanda enquadra juntamente com os dois punhais de esmeraldas  bases, arrematando a composição. A fachada lateral, de alta empena expõe três níveis para o exterior,  proporcionados pela grande inclinação do telhado cerâmico em duas águas uma anterior e outra posterior ao nível térrio tem-se quatro janelas, sendo três rasgada e uma com peitoril, todas emolduradas e coroadas por arco abatidos, as quais são superpostas por mais uma sucessão  de janelas e peitoril, estas correspondentes às anteriores e concementes  ao pavimento superior .
                Por fim, no sótão, há mais uma janela esta rasgada a única fachada com verga reta. Também nesta fachada fica patente a predominância de cheios sobre vazios, que é a relação entre massa construída e envasaduras , características por excelência da arquitetura colonial. Vê-se externamente no plano da empena lateral um ressalto a altura do térreo  o qual leva a supor que a edificação, antes térrea, teria sido assombrada posteriormente. O arcabouço da edificação é constituído por paredes autoportantes de alvenaria de tijolos.
 

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 IGREJA MATRIZ

DESCRIÇÃO ARQUITETÔNICA - Igreja Matriz.
Tendo á sua  frente amplo e dessafogado largo,a Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores implanta-se em grande gleba,isolada de outras identificações e antecedida por dilatada praça,o que, juntamente com grande verticalidade, comfe-lhe impônencia e ativez ao casario horizontalizado do entorno.de assendência eclética, com nuances de neo-gótico o templo  intergra o grande leque de identificações religiosas no ceará que segue essa conduta estilistica, grandemente difundida nas primeiras décadas xx.
Sua fachada principal desenvolve-se em dois planos. O mais externo, correspondente ao volume da torre sineira e portador do asseso principal, este á guisa de nártex, encontra-se centralizado e justa posto ao plano mais recuado que possuí duas janelas em arco pleno, direcionadas para as naves laterais e encimadas por óculos. Este plano e enquadrado por dois cunhais que sustém a platibanda, a qual acompanha a inclinação do telhado em duas abas.
O plano que contém aportada de acesso é o mais rebuscado, onde a mesma é superada por frontão franqueado por dois pináculos, o qual é ensinado por um óculo semelhante a rosácea arrematando a composição entablamento triangular apoia-se nos cunhais que descem até o piso.acima deste em tablamento seque o volume que, coroado por um cone poligonal, configura a torre sineira. As faixadas laterais, identifica, a presentam uma marcação ritmada por cunhais encimados por coruchéus.
Intercaladas entre os cunhais sucedem-se as envazaduras, sendo duas portas e seis janelas, todas em verga reta superadas por arcos plenos seguido de óculos. A planta do edifício desenvolve se com nave central flanqueadas por duas naves secundárias, ligadas através de arcadas á primeira, além da qual se posiciona a capela-mor lateada por sacristias.



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CASARÃO DO INFINCADO 

DESCRIÇÃO ARQUITETÔNICA - Casa do Infincado.
Identificação térrea, de grande porte, impressiona por sua imponência, resultante de sua pesada implantação,  atarracada, horizontalizada, exemplar fiel e valioso da arquitetura colonial cearense ainda existente. De aparência maciça, fortificada, o antigo casarão, era o reduto principal do morgado Enfincado, dilatadíssimos, domínios do Barão de Aquiraz, grande capitalista e escravagista. De planta aproximadamente quadrada, exibe fachadas bastante semelhantes. 
A faixada principal, a mais esmerada, é a que apresenta o maior número de envazaduras, num total de nove, sendo três portas e quatro janelas no corpo principal e mais uma porta e uma janela em um anexo justo aposto. Neste corpo principal a distribuição das envazaduras é simétrica tendo uma portada central com eixo de simetria, ao lado do qual rebatem-se, respectivamente, duas janelas e uma porta. Todas as referidas envazaduras são emolduras e possuem verga em arco abatido de esmeralda execução.
Correspondendo a este corpo principal quadrado, um esparramado telhado de quatro águas desenvolve-se chegando até os beirais arrematados por beira-seveira que orlam três das quatro fachadas. A fachada lateral esquerda assemelha-se à principal diferido desta apenas pelo número de envazaduras, cinco, sendo duas portas e três janelas, também em um arco abatido mas sem molduras, onde, acima destas desenvolve-se a beira-seveira. 
Na elevação aposta correspondente ao sentido longitudinal do pré citado anexo, sucedem-se cinco envazaduras, estas emolduras em verga reta. Ao longo desta fachada desenvolve-se também a beira-seveira. Por fim, a fachada posterior apresenta-se em interssante estado. Nela, ao que parece, nunca foi aplicado reboco, o que nos permite entrever as técnicas construtivas já envazaduras o encunhamento sobre elas, além da união entre alvenaria e os umbrais de madeira com verga batida nas janelas. 
Digna das mais altas reverências, este relevante monumento histórico-arquitetônico apresenta fielmente algumas principais características da nossa arquitetura colonial, encerrando em si valores inalienáveis quanto ao entendimento do modos vivendi e faciendi dos ascendentes de nossa sociedade. Estes valores na profusão das técnicas construtivas que exibem beiras-seveiras, esquadrias em arco abatido, sistemas de coberta com esteios internos, além das relações de proporções e escala, por exemplo, na predominância da massa construída sobre as envazaduras. Fica aqui exposto a necessidade de uma proteção legal para este grande testemunho de nosso passado.

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CASARÃO DA VÁRZEA. 

DESCRIÇÃO ARQUITETÔNICA - Casa da Várzea.
Edificação térrea, implantada em zona rural, próximo ao centro urbano, num baixio alagável, sobressai por seu porte imponente e apelo decorativo. Em sua fachada principal exibe uma modenatura simétrica com duas janelas ao centro lateadas por duas portas, todas em molduras e com verga retas encimadas por arcos ogivais amparados por empostas, cujo o eixo de simetria é endossado pela aplicação de um friso vertical. Superando este conjunto de envazaduras, desenvolve-se uma cornija, antecedida por frisos a qual apoia a platibanda decorada que, juntamente com os belos cunhais aparelhados, enquadra a composição e resguarda o telhado em duas águas. 
Este é composto por telhas de barro do tipo capa/canal, alcançado grande inclinação em sua cumeeira, o que permitiu a formação de um segundo nível, assoalhado, um sótão, o qual fica aparente nas empenas laterais da identificação que expõem duas janelas rasgada cada uma, responsáveis pela iluminação e ventilação cruzada do referido recinto. O arcabouço da identificação é constituído por paredes alto-portantes de alvenaria de tijolos as quais sustém o madeiramento da coberta.
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CASARÃO DA CACIMBINHA.

DESCRIÇÃO ARQUITETÔNICA - Casarão da Cacimbinha.
Fidelíssimo exemplar da arquitetura levada a cabo nos primeiros anos de desbravamento dos incultos pagos sertanejos do Ceará. Edificada sobre grande embasamento de pedra, a residência, de grande porte, conta com seus mais de vinte cômodos distribuídos em planta longilínea, apresentando sistema construtivo que testemunha as limitadas, mas funcionais, técnicas construtivas coloniais em área rural: integralmente executada em taipa-de-mão, com cipós e varas amarrados às forquilhas em aroeira com relhos de couro, vence grandes alturas em suas empenas e paredes internas o que permitiu a criação de um sótão sob a alta cumeeira do esparramado telhado em telhas de barro do tipo capa/canal sobre madeiramento rústico de varas e caibros roliços.
Este telhado, em duas águas, uma anterior e uma posterior, avança além do plano da fachada principal conformando um alpendre linear, o qual é sustentado por quatro esteios de madeira lavrada. Na fachada principal, no plano resguardado pelo alpendre, enfileiram-se seis envazaduras entre portas e janelas, algumas das quais com verga em arco abatido, trabalho de marcenaria primorosamente executado. Ainda nesta fachada, num plano mais externo, vêem-se mais três portas enfileiradas no volume à esquerda da composição.
É facilmente perceptível, nesta em nas demais faces do edifício, a relação entre massa construída e e envazaduras, predominando os cheios sobre os vazios, característica típica da arquitetura colonial de cerne português. Decerto íntegra, internamente conserva as esquadrias originais com batedores decorados em volutas, além de pavimentação em tijoleira e pedra-cariri.

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CASARÃO DA FAMÍLIA LEAL DE ARATAMA.

DESCRIÇÃO HISTÓRICA POR MEIO DE INFORMAÇÃO DE UM MEMBRO DA FAMÍLIA.
Francisco Juciê Leal nasceu em 26-12-1936 em Aratama casado com Terezinha Moreira Leal, com a qual teve quatro filhos, comerciante, residente na cidade de Crato.
 A casa grande de Aratama foi construída em 1877, pela família bezerra, foi a primeira casa construída em Aratama, com o passar dos anos e os períodos de seca, os donos da casa foram embora de Aratama rumo ao Maranhão. A casa e a propriedade foi comprada por seu  Antonio da Silva Leal residente até então no Sitio Pau Ferrado em Aratama, em 1951 a casa foi reformada e aumentada preservando seu estilo de construção, sendo um estilo barroco, a madeira é toda em aroeira e maçaranduba e suas portas são de cedro , toda a madeira e estilo serraria, mas confeccionada a mão, sua alvenaria reboco e acabamento  não contém cimento. Foi construída com barro e areia lavada, o piso da parte antiga da casa foi feito apenas em tijolos  com um acabamento de primeira que deixa o piso num estilo liso áspero, a parte nova da casa tem o piso no estilo mosaico trazidos da cidade do Crato, e totalmente preservado ate hoje. A casa  e toda envolta de calçada com acabamento em pedras trazidas do sitio olho-dgua. Os armadores são  fixado num pedaço de  madeira  e colocados dentro da parede. A casa e composta em sua parte mais nova  de dez cômodos, sendo dois quartos, um banheiro, quatro salas, uma cozinha, uma varanda e uma dispensa. na parte mais antiga e composta de uns de uns dez cômodos sendo que alguns já tinham caído quando ocorreu a reforma , e tinha também uma cisterna grande que fornecia água durante o ano na casa, hoje já desativada.  As pessoas que construíram a parte antiga da casa são desconhecidos , já os mestres da parte nova da casa, foram: Isaquiel e Antonio pereira os mestres de obra e Zé Bonfim foi o carpinteiro.
Quando foi em 1966 seu Antonio da silva leal,faleceu e dos filhos que ficou cuidando da casa foi seu jucier.Seu Juciê leal comenta que na casa mais antiga foram encontradas duas botijas, as quais uma foi encontrada por pessoas do Potengi que disseram receber por meio de sonhos a revelação do local certo da botija, a mesma foi encontrada no batente  da porta, onde fomos pessoalmente conhecer o local.
Hoje a casa se encontra bem preservada apesar do tempo, seu proprietário passa apenas alguns dias por semana na casa, mas a cada 2 anos  faz uma reforma pintando a casa mas deixando no seu estado de originalidade continuando assim a ser um patrimônio histórico do distrito de aratama.




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CASA AMARELA DA FAMÍLIA DIAS SÍTIO BARREIROS.
  
DESCRIÇÃO HISTÓRICA POR MEIO DE INFORMAÇÃO DE UM MEMBRO DA FAMÍLIA.



Maria Vilma Dias Silvestre ( Dona Maria) nasceu em Assaré em 26-04-1957, teve seis filho e é  comerciante.
Dona Maria mora na casa desde sete anos de idade, vinda da Serra de Santana. A casa amarela pertencia a Zeca Onofre, que construiu também um açude na propriedade, o mestre da obra foi  seu João Vicente, com o tempo Zeca Onofre vendeu a propriedade para Antonio dias, que é primo de Dona Vilma, onde o mesmo a trouxe pra morar na casa amarela, onde a mesma vive ate hoje. A casa tem 9 cômodos, sendo dois quartos,  quatro salas uma dispensa, uma varanda e uma cozinha
A casa foi construída com barro e tijolos sem a utilização de cimento. Os armadores fixados num pedaço de madeira dentro da parede, a madeira utilizada na casa é de aroeira , o piso era de tijolos mas hoje já foi coberto com uma camada de cimento . A água utilizada na casa é proveniente do açude que foi construído na propriedade. Hoje a casa se encontra em bom estado de conservação, pois periodicamente são feitas reformas na casa, mas sempre preservando sua originalidade.



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CASA DA FAMÍLIA DO SEU DJACIR AUGUSTO NA SEDE DO MUNICÍPIO.
DESCRIÇÃO HISTÓRICA POR MEIO DE INFORMAÇÃO DE UM MEMBRO DA FAMÍLIA.






CASARÃO DE TAIPA NA SEDE DO MUNICÍPIO.

DESCRIÇÃO HISTÓRICA POR MEIO DE INFORMAÇÃO DE UM MEMBRO DA FAMÍLIA.
















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CASAS ONDE PATATIVA NASCEU E VIVEU NA SERRA DE SANTANA - ZONA RURAL DE ASSARÉ.

DESCRIÇÃO HISTÓRICA POR MEIO DE INFORMAÇÃO DE UM MEMBRO DA FAMÍLIA.


O terreno pertencia ao avô de Patativa que passou para o pai ( Pedro Gonçalves da Silva)e depois Patativa. Onde a família afirma que a casa tem mais de 100 anos.
Na construção da casa, foi utilizado o enchimento de vara,cipó e barro. A madeira da casa era de arueira retirada nas roças e artesanalmente esculpida, a construção da estrutura da casa foi feita a mão humana trabalhando no barro por pessoas da Serra de Santana.
Os armadores são de madeira de cedro, fixado no barro da parede, as portas e janelas todas em madeira de arueira, os batentes das portas em madeira de cedro,o telhado de madeira de arueira e as telhas de barro fabricadas na Serra de Santana. O piso e a calçada da casa era de tijolo com barro no chão batido, tem também 03 sótão de madeira de pau-darco que era utilizado pra guardar milho,feijão,farinha etc...
A água que abastecia a casa era de cacimbas dos sítios vizinhos como cana brava,olhos d água, onde tinha que buscar de animais através de ancoretas.
Quando foi em 2009 foi feito uma reforma na casa que tinha caído uma parte, onde o objetivo maior desta reforma foi para atender os visitantes que vinha olhar a casa onde Patativa nasceu.




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Breve relato histórico da Barragem do Banguê.
Pesquisa: Jornalista e Historiador:  Jesus Leite

Membro da assessoria de imprensa do município de Assaré.


Após a emancipação da Vila do Assaré ocorrida no dia 1º de agosto de 1838, conseguida por Alexandre Silva Pereira, outros fazendeiros ao defender seus próprios interesses, alegavam que nunca se vira uma cidade nascer distante de um rio. Como iria abastecer a população?
          O principal  contestador era o Barão de Aquiraz, que defendia a construção da sede da Vila na fazenda Infincado, que a ele pertencia. Foi este o seu argumento para entrar na justiça, provocando um atraso na instalação da Comarca, que só viera a se consolidar definitivamente em
1869. Para solucionar o impasse, Alexandre mandou construir o Açude do bangüê em 1842.
   
Por 110 anos o Bangüê deu  à cidade  água e  peixe. Com o crescimento urbano, o açude começou a sofrer os impactos ambientais. Por falta de consciência ecológica, era comum as pessoas fazer do reservatório  deposito de  lixo e esgotamento sanitário.
          No ano de 1959, o prefeito Dogivaldo Ribeiro implantou o primeiro sistema de abastecimento de água da cidade, proibindo o uso da água do Bangüê para o consumo humano. Pela pequena vazão dos poços e a salinidade da água, o sistema não atendeu plenamente o seu objetivo.
        Então, mesmo proibida, as pessoas continuam a fazer uso da água do Bangüê, perfurando cacimbas na represa do reservatório. No final da década de 1970, a CAGECE implantou um sistema que também não deu certo.
   
O Bangüê deixou de ser usado para o consumo humano, depois que os médicos Dr. Laércio de Freiras e Dr. Ernandes Farias recomendavam à população a não fazer uso daquela água, devido ao alto grau de contaminação. Dr. Laércio chegou a recomendar o seu arrombamento em 1973. Os prefeitos até que queriam seguir a recomendação daquele médico, mas encontravam resistência da população. Porque parte dela ainda usavam aquele líquido para o consumo dos seus animais e a outra por questões saudosistas. A situação se arrastou até 1998, quando uma
 epidemia de cólera ameaçava o País. O prefeito de então, combinou com aqueles que eram contra e faz um arrombamento paliativo, colocando manilhas sob a parede para escoamento das águas. O que não impedia da formação do lago, já que a água era liberada vagarosamente.
Na cronologia do Bangüê constam vários arrombamentos e recuperações. Feito de forma artesanal, sem compactação de material e pela força das águas do Riacho do Junco, a parede se rompeu várias vezes. As mais conhecidas foram nos invernos de 1900 e 1917.
Cansados de tantos arrombamentos, políticos e comerciantes se mobilizaram para fazer uma obra de contenção definitiva no Bangüê. Portanto, a parede daquele reservatório  ganhou o formato atual em 1935, construída em pedra e cal. Os recursos para garantir a obra foram captados da seguinte forma: 8 contos de reis através de doações da população e 5 contas de reis veio do Governo do Estado. O encarregado inicial da obra foi o senhor Agnelo Onofre de Farias. O mesmo desistiu, cabendo ao comerciante Abel de Alencar Mota a conclusão dos trabalhos.
O Bangüê foi solução e depois problema. O seu objetivo inicial fora alcançado. Contribuiu decisivamente para a fixação
da cidade onde hoje ela se encontra. Mas, pela ocupação do espaçamento urbano, trouxe serias complicações aos habitantes da cidade. Primeiro a ameaça a saúde pública e depois as inundações.

No ano passado, a sua parede barrou as águas de um açude estourado. A água represada invadiu dezenas de residências e comércios. Diante disso, o prefeito Evanderto Almeida passou a ser pressionado pelos moradores atingidos, na inundação de 2017. Cobravam o arrombamento total da parede. Sem outra opção, o prefeito autorizou a destruição da parede, até um tanto constrangido pela história gloriosa daquele açude a até mesmo porque ele ainda tomou muito banho nas águas do Bangüê,  que servia como área de lazer da cidade.




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CASARÃO DA FAMÍLIA VILANOVA ( PERTENCENTE A FAMÍLIA DE ANTONIO E HONÓRIO VILANOVA DA GUERRA DE CANUDOS)
  
DESCRIÇÃO HISTÓRICA POR MEIO DE INFORMAÇÃO DE UM MEMBRO DA FAMÍLIA.



O casarão da vila nova estima aproximadamente 200 anos de existência, que remonta a época dos barões e escravos.
A casa pertenceu ao seu velho Estevam de Portugal, que foi o primeiro dono e  foi construída a mão de obra escrava. Seu Estevam que era Barão daquela época e muito rico, onde atendia o povo no seu escritório na casa, que funcionava no primeiro quarto. Nesse tempo a casa chegou a abrigar mais de 300 escravos onde eles trabalhavam na fazenda. Os negros trabalhavam no serviço pesado como roçar no mato, cuidar dos animais da fazenda, carregando os sacos de milho e arroz que eram armazenados nos sótão do casarão,  no engenho que tinha ao lado da casa e outros serviços que era mandado pelo o encarregado Chico Sampaio. No sótão também servia para o chefe dormir e pra bater nos escravos onde  uma escrava fez uma raiva ao Barão que  ele mandou fazer um serviço e ela não fez,  foi onde ele entrou pra bater na escrava e ela pulou da janela do sótão e fugiu em direção ao Sítio Urucum, depois de alguns dias ela voltou para o casarão onde foi castigada. As negras tinham que fazer a limpeza da casa, cozinhar, lavar as roupas em um riacho que passava nos fundos do casarão e outros serviços que lhe eram mandados.
O Barão vendia e compravam os escravos, que  pagavam bem aqueles que tinham os dentes bons. Na construção do casarão os escravos faziam os tijolos e as telhas de barro que ficavam até cinco dias de molho e depois com uma faca fazia os acabamentos das telhas e tijolos. Teve tijolos que chegou a pesar 09 kg quando estava pronto. No lado do casarão existiu também um cemitério onde eram enterrados os escravos pelo os encarregados do Barão.
Depois de muito tempo o barão Estevam resolveu voltar para Portugal, onde mandou o encarregado dele vender, que inclusive levou muita coisa pra ele. Vendeu o casarão e os pertences que tinha como os gados, porcos, cavalos e outros, no valor de cinco contos que era correspondente da época. A sogra da velha mourisca conhecida como Chica Braba ou Francisca Braba foi quem adquiriu o imóvel, a qual tinha dois filhos e um deles era Pedro Braba que ficou tomando conta do casarão.
Existia no casarão muito ouro, que tinha colar de ouro que mulheres usavam que chegavam ate dar cinco voltas no pescoço nas mulheres dos Barões. O casarão possui 05 quartos, o1 cozinha, 01 sala, 01 corredor 01 varanda e outros cômodos que caíram. O riacho que tinha nos fundos da casa servia pra abastecer a casa e os escravos pra tomar banho. O casarão foi toda construída de tijolos e barro, as telhas de barro, os caibros e ripa de madeira de cedro, as linhas de arueira, os pregos era de ferreiro fabricado pelos escravos, os batentes e armadores de madeira de arueira, as portas e janelas de cedro e um oratório de madeira que era servidos os alimentos por esta janela, que não podia ver as mulheres cozinhando.
Nos anos de 1960, Chica Braba faleceu e os herdeiros venderam as partes para Diolício, conhecido como Talito Vilanova, que ficou por muitos anos com o casarão. Depois seu Diolicío (Talito Vilanova) faleceu e a herança ficou pra sua esposa dona Rita.
O casarão passou por muitas reformas, e a ultima foi em 2010 que mudou o telhado, calçadas e algumas paredes da casa, mais hoje se encontra em bom estado de conservação e que é habitado por dona Rita e sua filha e seu genro. 





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